quinta-feira, 25 de junho de 2015

Seminário sobre a Política Nacional de Arquivos para Justiça do Trabalho é considerado um sucesso


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Com a presença de representantes dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, entre desembargadores e servidores, o seminário “Política Nacional de Arquivos para Justiça do Trabalho: do papel ao documento eletrônico”, sediado pelo TRT/PI, foi considerado um sucesso.
Durante o evento, foram debatidos temas como as diretrizes para uma política de preservação na Justiça do Trabalho, dentro do tema do evento, para a discussão sobre a produção do documento eletrônico, notadamente na Justiça do Trabalho e suas implicações para a memória institucional.
A troca de experiências sobre gestão e memória contou a exposição de boas práticas dos Tribunais de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraíba, Paraná, Alagoas e Piauí.

A presidente do TRT/PI, desembargadora Enedina Maria dos Santos, fez questão de participar do evento e destacou o empenho e persistência de cada servidor para organizar a manter viva a memória da Justiça do Trabalho. "Vocês tem a minha admiração e o meu respeito pelo trabalho que desenvolvem. E, a partir de agora, terão ainda mais apoio. O TRT/PI já foi um dos primeiros colocados nessa área e vamos voltar a ser, numa competição do bem, para que todos possam servir de exemplo e de estímulo. Acredito que podemos evoluir muito nessa área", pontuou.
O evento foi coordenado pelo desembargador Manoel Edilson Cardoso, presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do TRT/PI, com o apoio das servidoras Justina Gonçalves, Maria Creuza de Sales e Diná Ferraz.
O seminário foi realizado no auditório da Escola Judicial do TRT/PI, no nos dias 18 e 19 de junho. 
Antes do início do seminário foi realizada a reunião do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho - Memojutra.   


Fonte: TRT22


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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Seminário e Reunião Nacional do MEMOJUTRA acontecem em Teresina

Nos dias 18 e 19 de junho de 2015, no auditório da Escola Judicial do TRT22 (Piauí), aconteceram o Seminário Política Nacional de Arquivos para a Justiça do Trabalho: do Papel ao Documento Eletrônico e, também, a Reunião do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho (Memojutra). Na quinta-feira (18) pela manhã, a programação, conduzida pela presidente do Memojutra, desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani, deu início com a leitura e debate da pauta da Reunião Ordinária. No período da tarde, foi ministrada conferência pelo juiz Bruno Ronchetti de Castro, auxiliar da Presidência do CNJ e Coordenador do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname), que versou sobre a Política Nacional de Arquivo e Memória do Judiciário Trabalhista. Em seguida, a apresentação da Orquestra Sanfônica de Teresina, ‘Sou Dominguinhos’, encerrou as atividades do dia com um momento musical que entreteu e descontraiu os participantes. Os trabalhos da sexta-feira (19) começaram com uma mesa redonda, coordenada pela servidora Maria Aparecida Carvalhais Cunha, do TRT3. O debate discorreu sobre o tema Política Nacional de Arquivos para a Justiça do Trabalho: do Papel ao Documento Eletrônico. A mesa teve as participações da desembargadora Tereza aparecida Asta Gemignani, do juiz Bruno Ronchetti de Castro, do servidor Luiz Fernando Duarte de Almeida, Coordenador de Gestão Documental do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e Coordenador de Gestão Documental e Memória do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do servidor de TI do TST, Gustavo Henrique. Em continuação, foi formada nova mesa redonda sob o tema A Memória como Prática: Diretrizes para uma política de preservação na Justiça do Trabalho, coordenada pelo desembargador do TRT5, Ezequias de Oliveira. O assunto foi explanado pelos desembargadores Cássio Colombo (TRT9) e Eneida Melo (TRT6), além dos professores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Pedro Vilarinho e Francisco Williams de Assis Soares Gonçalves. Para finalizar as atividades do Encontro, a servidora Marcília Gama (TRT6), coordenou o momento Dialogando sobre Gestão e Memória: momento de troca de experiências. Participaram dessa atividade, apresentando as boas práticas de seus Regionais, o desembargador Cássio Colombo, TRT9, a juíza Anita Lübbe, TRT4, o servidor Normando Madeiro, TRT13, e, ainda, os servidores Marcos Farias e Jaqueline Costa Beresford, TRT19. A desembargadora presidente do TRT22, Maria Enedina Gomes dos Santos, encerrou o evento, que contou com representantes de praticamente todos os Regionais Trabalhistas. A próxima reunião do Memojutra ocorrerá em novembro de 2015, em Brasília.


Fonte TRT19/AL

sábado, 13 de junho de 2015

Piauí sedia seminário sobre Política Nacional de Arquivos da Justiça do Trabalho


memoria-1057514-51301414.jpgO Piauí vai sediar nos dias 18 e 19 de junho, o  seminário “Política Nacional de Arquivos para Justiça do Trabalho: do papel ao documento eletrônico”. O evento será sediado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região - Piauí (TRT/PI) .

O evento, que ocorrerá conjuntamente com a reunião do Fórum Nacional Permanente em defesa da Memória da Justiça do Trabalho - Memojutra, tem como objetivo discutir sobre a produção do documento eletrônico, notadamente na Justiça do Trabalho e suas implicações para a memória institucional.

Participarão desembargadores, juízes e servidores do TRT da 22ª Região, dos demais Tribunais Regionais do Trabalho e do TST. Mas qualquer instituição que tenha preocupação com a preservação da memória institucional também pode participar.


Fonte: TRT22

DESEMBARGADORA TEREZA ASTA VISITA A RÁDIO E TV JUSTIÇA EM BRASILIA

Na condição de Presidente do MEMOJUTRA - Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho - a desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani visitou a Rádio e TV Justiça, que opera na Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal em Brasília.
Recebida pelo coordenador de TV e Rádio, Paulo Echebarria, pelo coordenador substituto, Érico Monteiro, e por Gabriel Carvalho Reis, todos da Coordenadoria da Rádio e TV Justiça, a magistrada, na oportunidade, sugeriu a publicação de uma série de reportagens sobre os processos históricos da Justiça do Trabalho.
A desembargadora Tereza Asta ressaltou que a publicação desta matéria é importante porque, ao documentar as peculiaridades de cada região e a evolução social das relações trabalhistas, esses processos judiciais contribuíram de maneira significativa para registrar fatos e momentos relevantes da nossa História, formando um patrimônio imaterial que pertence a toda nação e assim merece ser divulgado.
A equipe jornalística, segundo a magistrada, demonstrou vivo interesse pela implementação dessa ideia e por estreitar as relações da TV Justiça com as questões que envolvem a preservação da memória da Justiça do Trabalho, o que a deixou "muito entusiasmada com a receptividade e com os bons resultados que esta aproximação pode produzir em prol da preservação da memória da Justiça do Trabalho, que muito tem contribuído para a formação dos laços de pertencimento, base da cidadania e da nacionalidade brasileira".

Fonte:  Notícias - TRT15

sábado, 6 de junho de 2015

II Semana do Arquivo - TRT 21ª/RN





Tereza Aparecida Asta Gemignani e Marivaldo Dantas de Araújo palestraram no evento
Tereza Aparecida Asta Gemignani e Marivaldo Dantas de Araújo palestraram no evento


Palestras e oficina marcam a II Semana do Arquivo

Convidada pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD) do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN), a desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani, do TRT da 15ª Região (Campinas/SP), e presidente do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho (MEMOJUTRA), ministrou, na manhã de hoje (6), uma palestra sobre a importância da preservação da memória documental da Justiça do Trabalho para a formação da identidade nacional. A palestra fez parte da programação da II Semana do Arquivo do TRT potiguar.
Em nome do tribunal, o desembargador Bento Herculano Duarte Neto fez a abertura oficial do evento, e saudou os palestrantes, juízes e servidores, contextualizando os presentes de que a II Semana do Arquivo do tribunal se insere em um contexto nacional de valorização do acervo de processos e documentos da Justiça do Trabalho como fonte de conhecimento da nossa história.

Antes das palestras, o cerimonial exibiu um vídeo produzido pelo "Programa Jornada no TST-TV", sobre "Como é a preservação de documentos que guardam a Justiça do Trabalho".

Em seguida, a juíza Lisandra Lopes, presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD) do TRT-RN, fez a apresentação dos palestrantes e conduziu os trabalhos desta manhã.

Na sua palestra, a desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani falou sobre a Gestão Documental, com destaque para a memória histórica da localidade e importância dos documentos para pesquisa; a originalidade dos fatos; a mudança significativa da legislação; ações com referência para jurisprudência; decisão de impacto social, econômico, político e cultural; e ações em que o conjunto probatório se reveste de importância significativa para preservação de direitos.

A desembargadora fez, ainda, um passeio aos primórdios da vida econômica e trabalhista do Brasil, mostrando que o Direito Trabalhista surge com a luta do trabalhador brasileiro. Ela explica que o Direito do Trabalho nasce com o ideário republicano e, durante no Século XX, influencia de maneira significativa as instituições nacionais, atuando para eliminar o ranço da mentalidade colonial que existia àquela época.

E é dentro deste contexto que surge a necessidade da preservação da memória documental da Justiça do Trabalho, que se reveste de importância significativa na construção de novos horizontes, por se tratar de um sistema jurídico que, desde sua gênese, foi edificado para garantir a inclusão política e econômica pelo trabalho, mediante a simbiose dos critérios de justiça comutativa com justiça distributiva.

Para a magistrada, preservar a memória da Justiça do Trabalho no Brasil é "documentar o rito de passagem da menoridade a emancipação da nação", desafio que permanece no século XXI. Ela finalizou sua palestra afirmando que "a preservação da memória da Justiça do Trabalho impede que se instaure o retrocesso institucional e restaura o sentido de pertencimento a um país, a uma nação".

Depois foi a vez da palestra do juiz auxiliar da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marivaldo Dantas de Araújo, que falou sobre o "Papel do magistrado e do servidor no resgate e preservação da memória da Justiça do Trabalho".

Ele destacou a Recomendação do CNJ de nº 37, que conceitua a Gestão Documental no Poder Judiciário como sendo o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos institucionais produzidos e recebidos pelas instituições do Judiciário no exercício das suas atividades, independentemente, do suporte em que a informação se encontra registrada. Ou seja, todos os magistrados e servidores do Poder Judiciário praticam a Gestão Documental nas suas atividades diárias.

Outro tópico abordado pelo juiz foi a responsabilidade dos magistrados e servidores quanto à memória e gestão documental. Cabe a eles, por exemplo, zelar pela correta classificação processual, verificando se a classe e assuntos estão corretos; ter a preocupação de indicar à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos quais processos possuem características singulares; conhecer as iniciativas do seu tribunal na área de gestão documental e memórias e divulgá-las; reconhecer que o processo tem um valor secundário, que reflete a história e o contexto autônomo de questão processual discutida; contribuir com a área de gestão documental; equilibrar a preservação com o descarte cientificamente realizado e, por último, "vestir a camisa" da proteção da memória do Poder Judiciário.

A programação da II Semana do Arquivo foi encerrada com uma oficina sobre Gestão Documental que foi ministrada pelos servidores Emerson Carlos da Silva e Maria Cristina Nagahama, na Escola Judicial do TRT-RN.



Oficina sobre Gestão Documental encerrou as atividades











Oficina sobre Gestão Documental encerrou as atividades 



Fonte: Ascom - TRT/21ª Região 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Convênio do TRT com a UFCG vai permitir a conservação de 120 mil processos

Ações trabalhistas serão digitalizadas e depois arquivadas em ambiente adequado

Nos próximos três meses a Universidade Federal da Paraíba deverá receber cerca de 120 mil processos trabalhistas que estão arquivados em João Pessoa. Na última segunda-feira, 1º, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) assinaram convênio que vai permitir a digitalização desses processos. Depois de digitalizados, todas as ações trabalhistas serão postadas na internet para consulta de pesquisadores, estudantes de Direito e da população. Já os volumes em papel serão arquivados na UFCG em ambiente adequado e com acompanhamento de especialistas.
O convênio foi assinado pelo presidente do Tribunal, desembargador Ubiratan Delgado e pelo reitor da UFCG, professor José Edílson de Amorim, representado pelo professor João Marcos Leitão dos Santos, que assinou o convênio como testemunha. O TRT já tinha uma parceria com a UFCG para a digitalização dos processos das unidades de Campina Grande com o mesmo foco de preservação da memória da Justiça do Trabalho. Para facilitar o desenvolvimento das atividades relacionadas ao objeto do convênio, também foi assinado um Contrato de Comodato, onde o TRT vai ceder à UFCG, mobiliário e equipamentos, como também, disponibilizar, por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação, apoio para o armazenamento e outros procedimentos necessários a digitalização.
Preservação da memória
O desembargador Ubiratan Delgado falou da satisfação em ampliar a parceria com a instituição de ensino, que vai se dedicar a preservação do patrimônio histórico da Justiça do Trabalho. “Com a digitalização da massa documental, vai sobrar espaço em nossas unidades e sem abrirmos mão da preservação da nossa memória”, disse. O magistrado destacou que o acervo é uma fonte inesgotável de informações e a UFCG é uma parceira qualificada.
O professor João Marcos Leitão disse que a UFCG se sente prestigiada em se tornar guardiã da memória da Justiça do Trabalho. “Ficamos lisonjeados por termos sidos lembrados para assumir a tutela do patrimônio do TRT. Para nós é um momento de reconhecimento e de confiança. Nosso Centro de Documentação vai guardar essa massa documental e transformá-la num acervo. Esperamos que muitos possam ser beneficiados com isso”.
Presenças
Estiveram presentes na solenidade os desembargadores Edvaldo de Andrade, presidente da Comissão de Segurança do TRT e Wolney Macedo, diretor da Escola Judicial; os juízes Antônio Eudes Vieira Júnior (auxiliar da Presidência), Francisco de Assis Barbosa Júnior (coordenador do Memorial da Justiça do Trabalho e substituto da 9ª Vara de João Pessoa) e Normando Salomão Leitão (Titular da 7ª Vara do Trabalho de João Pessoa); os diretores Aryoswaldo Espínola (Geral), Saulo Sobreira (secretário Geral da Presidência) e Viviane Farias (Assessoria Jurídica).

Fonte: TRT 13ª Região/PB

sábado, 30 de maio de 2015

Seminário Política Nacional de Arquivos para Justiça do Trabalho: do papel ao documento eletrônico

 
memoria-1057514-13186611.jpgO Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região - Piauí (TRT/PI) sediará, nos dias 18 e 19 de junho de 2015, o seminário “Política Nacional de Arquivos para Justiça do Trabalho: do papel ao documento eletrônico”. 

Inscrições de 11 a 31 de maio pelo email da Escola Judicial: ejud@trt22.jus.br.

sábado, 23 de maio de 2015

Projeto de História Oral entrevista Desembargador Paulo Pimentado TRT18/GO

Projeto de História Oral entrevista Desembargador Paulo Pimenta

paulo pimenta historia oral 3A Escola Judicial, por meio do Centro de Memória, e em continuidade ao Projeto de História Oral do TRT 18, entrevistou o Desembargador do Trabalho Paulo Pimenta.
O Desembargador é natural de São Paulo, filho temporão de um casal de mineiros tradicional que foi ganhar a vida na capital paulista. Por ser o único filho homem houve uma união de esforços direcionados para seus estudos, inclusive com a colaboração de suas quatro irmãs que à época já trabalhavam. Seu pai era motorista de táxi e sua mãe uma dona de casa que se viu compelida a trabalhar na informalidade a vida toda como uma forma de complementação da renda familiar através de vendas.
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A chefe do Centro de Memória, Ariony Chaves de Castro, entrevista o desembargador Paulo Pimenta para o projeto História Oral
Seu interesse na área jurídica se deu por uma sucessão de influências, mas sempre se identificou quando cursava a faculdade. Assim que se formou em Direito com Especialização no Direito do Trabalho e da Segurança Social, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco) em 1987, teve a oportunidade de mudar-se para a capital Federal. Em Brasília exerceu a advocacia de 1988 a 1991, onde atuou em dois escritórios inclusive no do renomado Ministro Ildélio Martins e, foi ali que nasceu o seu interesse pela Magistratura. Decidiu prestar concurso onde surgisse e por coincidência foi, primeiramente, aprovado no concurso público para Juiz do Trabalho Substituto em Brasília mesmo. Exerceu a magistratura naquele Tribunal por três meses, até ser nomeado após aprovado no primeiro concurso para Juiz do Trabalho Substituto realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Optou pela capital goiana e iniciou sua trajetória nesta Corte em janeiro de 1992, sendo promovido a Juiz Presidente da Junta de Conciliação e Julgamento de Uruaçu em junho daquele mesmo ano. Foi ainda Juiz Presidente das JCJ’s de Ceres, Formosa e Catalão, tendo, nesta última, permanecido por mais de 15 anos. Ainda atuou como Professor de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho da Faculdade de Direito do Centro de Ensino Superior de Catalão de 98/01 e Juiz Coordenador do Programa de Qualidade do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região de 07/09. Em outubro de 2009 foi promovido pelo critério de antiguidade Desembargador Federal do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Foi Gestor de Metas do Tribunal de 2009 a 2011.
Paulo Pimenta em seus depoimentos falou sobre a criação do TRT de Goiás e o diferencial que isso trouxe para a interiorização da Justiça do Trabalho. O Tribunal da 10ª Região por atender toda a região Centro-Oeste, não tinha condições de atender todo o interior e a criação da 18ª Região viabilizou essa expansão.
Discorreu, sobre as dificuldades enfrentadas pelos juízes do interior quando da implantação do TRT18, ressaltando a deficiência de material humano, consumo e estrutural. Destacou que a mão de obra do interior em grande parte era cedida pelo prefeito da cidade, assim, em regra não possuíam qualquer conhecimento processual, bem como, não eram capacitados para analisar uma petição e fazer um despacho, por mais simples que fosse. As Juntas não tinham prédios próprios, que geralmente eram locados pela prefeitura, sem falar no mobiliário que era muito precário. Destacou que tudo era muito trabalhoso, os despachos e as sentenças eram feitos a mão pelo próprio juiz.
paulo pimenta historia oralRelatou também sobre um episódio que acredita ter sido um fator a mais que tenha contribuído para o descrédito da representação classista em 95/96, o qual causou repercussão nacional e só foi solucionado mediante a intervenção do Ministro Corregedor-geral da Justiça do Trabalho, que cassou a decisão do TRT. Foi a disputa que travou no âmbito da Junta de Conciliação de Julgamento de Catalão envolvendo o interesse dos classistas em aumentar o seu ganho em detrimento da agilização da prestação jurisdicional. Os classistas tinham sua remuneração vinculada ao número de dias em que havia audiências e não ao número de audiências. Por morar na cidade e perceber que era possível decidiu aumentar o número de audiências diárias, encurtando drasticamente o prazo de tramitação dos processos, porém resultando na redução do número de sessões mensais. Os classistas pretenderam decidir colegiadamente os dias de realização e o número de audiências diárias.
Outro episódio relevante, envolvendo não apenas sua pessoa, como também diversos juízes, servidores, procuradores e advogados que militavam na seara trabalhista, ocorreu em razão da tentativa frustrada do então Presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, em extinguir a Justiça do Trabalho no ano de 1999. Relata, o Desembargador, que a reação dos Tribunais foi imediata, destacando que em Goiânia, servidores e juízes se uniram abraçando o prédio, em ato simbólico. Relembra, ainda, que foram locados diversos ônibus para que servidores participassem das manifestações em Brasília, destacando que ele próprio chegou a participar disso, buscando a interlocução através do rádio e até na faculdade onde dava aula, a fim de promover debates para divulgar a relevância da Justiça do Trabalho.
Como momento mais tenso de sua carreira, elegeu o período entre 2012 e 2013, quando foi sorteado Relator de um processo administrativo disciplinar em desfavor de um colega, também Desembargador desse E. Tribunal. Frisou que “foi um dos momentos mais tensos de minha carreira pela complexidade e delicadeza da matéria, pelo constrangimento da situação. Por oito meses houve um estudo daquele processo com a preocupação de identificar o que estava acontecendo para que não fosse cometida nenhuma injustiça e para aferir se eram procedentes ou não as denúncias. Houve a identificação de um desvio de conduta incompatível com o exercício da magistratura e, ressalvada a tristeza dessa constatação, o Tribunal teve a firmeza de saber tomar a decisão que lhe cabia, tanto que foi uma decisão tomada à unanimidade, diante dos fortes elementos que corroboraram a prática com a qual o Judiciário de forma alguma pode compactuar.”
O Desembargador consignou, ainda, sua opinião com relação ao PJe, a definição de metas pelo CNJ e CSJT, a importância da formação inicial e continuada para magistrados e servidores, o crescimento da Justiça Trabalhista de Goiás e seus desafios, etc.
O Projeto tem por objetivo contar a história da Justiça Trabalhista no Estado de Goiás, através de registros das experiências vividas pelos sujeitos sociais que contribuíram para a compreensão do passado recente, bem como, constituir um banco de entrevistas com Ministros, Desembargadores, Juízes, Procuradores, servidores, bem como advogados e outras pessoas relacionadas com a instituição visando a ampliar o acervo do Centro de Memória da Justiça Trabalhista goiana.
Fonte: Centro de Memória-TRT18